quarta-feira, 29 de abril de 2009

Benjamin Güdel

Benjamin Güdel

Quem disse que cell shading é sem graça? O Nome do cara é Benjamin Güdel e ele sabe o que está fazendo com as suas camadinhas opacas de cor. Dono de um estilo vibrante porém comportado ele caminha entre o preciso e o intuitivo, o lírico e o sacana, com um pincél malandro que distribuie cor e valor como um cirurgião mas sem deixar a psicodelia de lado.

Recomendo uma olhada no livro que o cara publicou com ilustrações de tudo que é tipo... o filha da mãe fez até um baralho de poker que eu gostaria muito de poder comprar (ao mesmo tempo me deu uma idéia interessante).




Interessante pra cacete, queria ser diretor de arte de alguma coisa só pra botar o maluco pra desenhar algo que tenha saído da minha cabeça. O Camarada é alemão se não me engano, largou a faculdade, segundo ele mesmo passou 2 anos azucrinando em berlin e atualmente vive na suiça.




O papo tá dado, cliquem nos links.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

El Sub




Esse demorou um pouco pra sair por ter sido atropelado por outras obrigações. Felizmente acordei cedo e antes do telefone começar a tocar larguei a tinta em cima do garoto.

Queria, já faz tempo, desenhar esse cara - O Subcomandante Marcos, rosto e voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional (a nação no caso, sendo o méxico) também conhecido com EZLN.

Aí ele está num momento descontraído fumando seu cachimbo e passeando por sua plantação de San Pedro, um cacto com amáveis propriedades enteógenas devido à sua capacidade de produzir um adorável metabólito secundário - A Mescalina.

Espero não demorar muito pra poder me agraciar com uma versão colorida desse desenho.

sábado, 18 de abril de 2009

Realismo e o fascínio por desenhos da figura humana


David Longo



Não adianta, sou apaixonado por desenhos de modelo vivo. Alguma coisa me prende a isso com uma força muito grande, sinto uma empolgação genuína e passo horas, literalmente horas, vendo desenhos... coisa que nem sempre acontece com todos os estilos plásticos por aí.

Se alguém mais sente essa atração, deveria dar uma passeada por esses links aqui:

David Longo, com uma galeria de aquarelas incríveis. Esbarrei nisso no twitter do Montalvo Machado. Vale a pena ver seus óleos e rascunhos com linhas precisas. é bom demais.

Aaron Coberly tem uma galeria com trabalhos impressionantes em óleo e trabalhos em carvão. de dar nó na cabeça.

Essa cultura de valorizar o traço e desenho, aprendizado da representação da forma faz um tanto de falta no nosso país. Parece que perdemos a Ubisoft por que não estavam satisfeitos com a qualidade da mão de obra.

é foda.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Rabisqueira



Entre um trabalho e outro sairam esses sketchs de personagens. Eu os psicografei aqui sem deixar o pensamento entrar no caminho. Procurando saidas, outlets criativos e meios de prosperar numa paisagem árida.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sketch Crawl 11/04/09

Não consegui sair da cama nesse sketchcrawl. Estava cogitando participar mas as forças da inércia venceram. Pra não deixar o dia passar fiz alguns rascunhos de modelo vivo com a digníssima e aproveitei pra dar uma viajada em cima deles.



Fiquei feliz com o resultado do meu sketch crawl particular, daqui a alguns meses espero conseguir me arrastar pra fora da cama

tem outra versão diferente lá no flickr

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Cultive seus Direitos




Texto publicado no blog do fórum "Growroom", (mas escrito em outro blog o hempadão). O Growroom é um fórum pela discussão do papel da Cannabis Sativa na Sociedade, seu cúltivo e status jurídico.

Fiz para eles a ilustração desse post, seguindo o motivo internacional "Cultive seus Direitos". Precisamos aproveitar esse momento de abertura para colocar a discussão na direção certa (na minha opnião): Permitir a produção caseira para consumo próprio ou venda em regime medicinal com controle de qualidade e quantidade. Perdão aos que ficam ofendidos com essas idéias ou engajamento, mas é bom sentar e ouvir. Qualquer um que se decide sobre uma questão sem ouvir os argumentos, é um tolo. O texto é bom, dá uma lida.


"Solução pela Culpa: A saga do Estado cego"

As notícias se repetem e as repercussões também, assim caminha o Rio de Janeiro nessa virada da primeira para a segunda década do Século XXI. A eterna guerra às drogas, também entendida como “guerra aos pobres”, de acordo com o sociólogo Renato Cinco, se estende infinita na história da proibição de tóxicos e maconha. No Brasil, como em qualquer lugar do mundo, a indústria das drogas produz riquezas e impropérios. E o pior mal é aquele que nos salta aos olhos, nos rende na esquina ou que dispara e acerta janela do prédio no Jardim Botânico. No dia 23 de Março de 2009, a Zona Sul do Rio estava muito longe de poder se considerar um paraíso.

No total, cinco bairros da elite carioca foram incomodados por perseguições e trocas de tiro. Numa outra matemática, o mesmo número: foram cinco os traficantes mortos… Além de um vigia baleado, doze suspeitos presos e muita notícia de jornal. Sair das ruelas e becos e cair direto no berço do transeunte burguês, faz com que a guerra às drogas seja um elefante que além de incomodar muita gente, incomoda muito mais. Com possível infantilidade, algumas autoridades continuam “acariciando o lobo, achando que é animal de estimação”. Dentro dessa ótica foi que o Secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, mais uma vez apareceu para reafirmar o lema: “A culpa é do usuário”.

Na verdade, fica difícil entender como é possível que um problema de ordem pública seja debatido sob a esfera desse argumento. Ao que se sabe, questões políticas devem se orientar para melhor promover o bem comum, agindo com objetivos determinados e comprometidos à eficiência do investimento público. Culpar o usuário pode servir como desculpa, mas não como pronunciamento perante o atual quadro de caos urbano. É como se, ao debater sobre a degradação do meio ambiente, o único discurso evocado fosse: “a culpa é de cada cidadão”. Ora, tudo indica que a solução de qualquer problema está aquém de simplesmente identificar os culpados. Ou se o que importa é somente identificar o culpado, então a solução geralmente beira à pena.

Tá na cara que Beltrame nada em correntes contrárias àquelas que regem a nova política mundial. Longe de querer penalizar o usuário, países como Estados Unidos e Argentina buscam flexibilizações e de descriminalização nas leis, mediada por política de educação e saúde pública. Numa democracia, mesmo que representativa, o povo de fato é culpado pelas decisões de seus representantes. E nesse caso, me pergunto até quando a classe média e alta está disposta a aguentarar uma política falida de combate. Sim, nessa segunda feira de março, o Rio de Janeiro mais uma vez se viu alvo do poder paralelo criado e mantido, sob égide de ilegalidade, pelo Estado. A diferença foi o cenário e assim a roupagem ganha novo sentido e o debate, um novo rumo. A caminhada pela Marcha se aproxima e lá, estejam certos, além de muitos simpatizantes da erva, estarão cidadãos minimamente coerentes e reflexivos, além é claro, de politicamente ativos.

Durante anos, as classes socialmente favorecidas tentaram abafar o crescimento da violência com paliativos de esquecimentos, confrontos e condomínios. Os jornais quase que diariamente noticiam a derrota do poder público na guerra contra a oitava movimentação econômica do mundo, a indústria de entorpecentes. Tem gente que finge não ver. Mas a desorganização do crime se resolve num crescimento desenfreado da posse marginal de lucros, armas e pontos de venda. O cidadão carioca não sabe o que é tranqüilidade. O medo evolui em traumas e transita pânico em mulheres e crianças. Da zona norte a sul do mundo, se consome drogas. Nada é mais letal à saúde do usuário do que esse mal comum temperado culturalmente por dogmas e preconceitos. Numa relação clara de causa e consequência, a elite carioca colhe balas e assaltos que plantou a cada semente de ignorância. Cultivar cannabis ainda não pode, mas ao arvorecer da criminalidade o Estado continua assinando embaixo. Não cala uma pergunta: A culpa é de quem mesmo, Beltrame?

quarta-feira, 1 de abril de 2009






Enquanto assistia à todos aqueles jovens, bem vestidos e alimentados discutindo as mais eficientes estratégias para vender, quase me deixei levar pela conversa. Mas não demora muito e nos lembramos que na publicidade o que conta é a arte de manipular fantoches.

Fantoches que manipulam fantoches, que manipulam fantoches.