sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Desenhando Sem Rascunho em São Paulo

Aproveitando que dei um pulo em são paulo pro prêmio, passei uma tarde desenhando no centro cultural são paulo onde acontecem sessões gratuitas de modelo vivo.

olha o resultado:









quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Prêmio Vladimir Herzog

Esta semana estive em São Paulo para a cerimônia do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, do qual tive o prazer de fazer um dos cartazes - O Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, que ocorre em conjunto. Dá uma olhada nas fotos:




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Antonio Mancini


Mestre italiano do final do século 19 e início de 20. Não diferente do nosso colega Vuillard, é provavelmente um ilustre desconhecido da maior parte de nós. Uma pena, a sua abordagem é fascinante... que olho. Sua aplicação de tinta, controle sobre a luz, composição e místura de objetividade e fantasia são uma tremenda porrada na boca do estômago.








Filho de alfaiate, teve infância pobre, mas o talento inegável conseguiu com que ganhasse uma cadeira pra estudar em uma academia de artes as 12 anos. Aos 16 pintou a segunda imagem da pesquisa. Um menino pobre pintando meninos pobres. Figuras da rua se mantiveram um de seus temas principais durante toda a vida e assim como incapacidade de lidar com o dinheiro. Mas dane-se a sua biografia... dá uma olhada no realismo poético quase expressionista da sua execução.






Quanto controle sobre tudo no meio dessa zona que ele criava com a Pallete Knife e tinta grossa. A superfície treme, viva, marcada pelas decisões frenéticas... em muitos quadros é possível ver uma grade quadriculada sobe as camadas de tinta. Ela é fruto de uma estratégia que Mancini utilizava: Colocava a mesma grade sobre a tela e os modelos de modo a manter as proporções sob controle com uma execução mais espontânea. A traquitana acaba causando um efeito plástico além de prático.







Espero que o Mancini nos inspire a soltar a mão, pensar nas silhuetas e ter coragem pra uma abordagem menos linear, que eu acho que está em falta no nosso Brasil - Temos muitos grandes desenhistas que dominam a linha e põe ela pra sambar, mas na hora de pensar em manchas acho que a tradição é pequena (abra a ultima imagem para entender do que eu to falando). Por hoje é isso e amanhã, aula na gávea www.desenhosemrascunho.blogspot.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sketcheroo



Não preciso de pretexto pra explorar o contexto.
Me dê dois dedos de cerveja e alguma almas
que queiram ver o mundo rodar fora do eixo e pronto
Estaremos chegando em algum lugar.

domingo, 17 de outubro de 2010

sketch dump





Tempo, venha a mim! Enquanto isso, tomem sketches!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cubo - detalhe


O curso tem vários objetos, que são bem chatos de transportar de casa pra aula e volta, por isso estou construindo um armário sobre rodas, customizado para as necessidades do curso. Mas como todo problema pra mim precisa ser um pouco mais elaborado, resolvi pintar todas as paredes de cubo na filosofia do curso e de quebra avançar mais na alquimia que é misturar cores. Nada é em vão, nada é em vão. Isto é um detalhe do primeiro painel. Acrilica sobre mdf.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Edward Kinsella III

Ed Kinsella é alumni da Illustration Academy e 3 aninhos só mais velho do que eu. Seu trabalho me de enche de admiração, é um constante rabiscador, praticante da mesma filosofia do "desenho sem rascunho" que eu. Usei ele na pesquisa de hoje por causa de seu uso constante das silhuetas como ferramenta de composição, serviu como exemplo nas aulas do curso "Desenho - Sem Rascunho", ao lado de caras como Egon Schiele e Klimt.





Vendo seus estudos e compreendendo o processo fica fácil entender seu trabalho profissional. Sóbrio, conciso e completamente voltado para o design, podemos ver que ele se esforça pra resolver as imagens dentro de 3 áreas de valor apenas, uma recomendação constante na IA.
Composição e Síntese. Execução simples e conceito, e ponto.






Outro ponto que merece ser citado é o uso inteligente de contraste para evocar atmosfera e composição eficientes. Relações de dominância bem estabelecidas fazem com que a leitura das imagens seja imediata... saturação/cores neutras, quente/frio, claro/escuro são ferramentas constantes nas tomadas de decisão, assim como minha relação de contraste favorita - perfeição/honestidade.






É visível que ele brilha mais no caderno do que com os clientes - mas o mesmo pode ser dito de muitos artístas. Por isso a prática desapegada é tão importante, o cliente precisa de processos domados, confiáveis e nós temos que desenvolve-los... mas o excesso de confiança acaba levando o jeito moleque de improvisar e sair sambando pela página - precisamos criar nossos próprios desafios pra continuar crescendo e trazendo novas ferramentas, devidamente domadas, pra dentro do trabalho do dia a dia. Estou ansioso pra ver onde esse moleque de 27 anos vai chegar.

vai no site dele