Oook, pra balançar um pouco esse barco, trago David Choe. O que falar sobre um cara que soca o próprio nariz pra pintar com sangue? Bom, a imagem que ele procura passar é de um Beatnick moderno da street art. Se declara andarilho e sem teto, fazendo "arte boa e música ruim". O cara é prolífico e já experimentou em todas as mídias e superfícies possíveis. Nem tudo que ele faz por aí explode a minha cabeça. O problema, é que de vez em quando ele acerta...
Não tem história. O cara sabe desenhar, é relevante, pelo menos agora, agorinha. Tá com as antenas apontadas pra cima e os pés de molho no zeitgeist. Despretenciosamente gerando imagens que hora são pura aula de competência, técnica e bom gosto e no momento seguinte beiram o insólito. De vez em quando, consegue os dois ao mesmo tempo.
O descobri por acaso, folheando livros no MoMA. Impressos, seus trabalhos são de encher os olhos... não consegui tirar da cabeça. Foi bom me lembrar dele espontaneamente e sair atrás, tem muita coisa pra ser vista.
Pronto, chega. Vou voltar pro meu caderno que depois dessa cachoeira de malandragem a mão começa a coçar. É um coolzão mesmo, esse David Choe.